Uma ideia pode valer milhões, revolucionar a tecnologia ou
transformar a vida das pessoas. E pode, simplesmente, virar motivo de
piadas. Nem sempre ficam claras as razões que diferenciam um caso de
sucesso de um fracasso total antes do lançamento, mas, às vezes, é
difícil acreditar que ninguém impediu o desastre anunciado. Conheça 8
ideias que nunca deveriam ter saído do papel:
1. Nintendo Virtual Boy
Se o objetivo fosse o fracasso, o Nintendo Virtual Boy teria sido um
sucesso. O “portátil” – que exigia uma mesa para se jogar – possuía duas
telas no formato de um óculos apoiado sobre um tripé, gráficos 3D nada
poderosos (em uma tentativa de embarcar na moda da “realidade virtual”
que tomava conta da década de 1990), um visor que apresentava apenas
duas cores (vermelho e preto, para reduzir custos) e um número limitado
de jogos. E fica pior: ainda causava dor de cabeça – a própria Nintendo
recomendava um descanso a cada 15 ou 30 minutos, para evitar enxaquecas.
Para completar, crianças com menos de 7 anos não podiam jogar, pois
havia o risco do aparelho atrapalhar o desenvolvimento dos olhos. Não é a
toa que a Nintendo só esperou o fim do estoque para fingir que o
produto nunca existiu.
2. Nova Coca
Em time que está ganhando não se mexe. Em 1985, os responsáveis pelo
marketing da Coca-Cola resolveram lançar uma nova versão da bebida. O
novo sabor fez sucesso nos testes cegos e a novidade prometia agradar.
Só que a recepção real do produto que substituiu o clássico refrigerante
não poderia ter sido pior. Os amantes puristas da bebida fizeram
reclamações através de telefonemas e cartas e a empresa acabou
desistindo da empreitada, voltando com a antiga fórmula para o mercado
apenas três meses depois do lançamento do novo sabor. Para contornar a
situação, ainda precisaram acrescentar a palavra “classic” às
embalagens, assegurando aos consumidores que a versão odiada havia
desaparecido de vez.
3. CueCat
Imagine receber em casa, de graça, um leitor de códigos especiais,
que direciona você para uma página da web sem precisar digitar nenhum
endereço – um adeus a ~exaustiva~ tarefa de usar o teclado pra escrever www.nomedosite.com.
Lançado em 1999, o CueCat era um curioso scanner de códigos de barras
que servia para acessar diretamente páginas web ou obter mais
informações sobre produtos. Enviado para usuários junto com assinaturas
de jornais e revistas, a proposta era que a pessoa conectasse o aparelho
ao PC, instalasse o software e utilizasse o produto para acessar o site
de anunciantes – para ver mais anúncios. E, sim, ele tinha o formato de
um gato. Além de ter sido um fracasso comercial, o produto ainda foi
envolvido em polêmica – aparentemente, ele armazenava e compartilhava
dados dos usuários desavisados. Por fim, o CueCat saiu de linha
definitivamente em 2001. Ufa.
4. Hawaii Hula Chair
Anda sem tempo para cuidar do corpo? Os criadores da Hawaii Hula
Chair garantem que acharam a solução para o problema: é só aproveitar
para se exercitar enquanto você trabalha. A cadeira, que tem um assento
móvel, permite treinar seu gingado e queimar algumas calorias enquanto
trabalha sentado. Uma ideia genial, não fosse a possível dificuldade de se concentrar enquanto rebola. Se quiser testar a belezinha basta investir 250 dólares.
5. Máscara Facial Elétrica Rejuvenique
O doutor Hannibal Lecter recomenda: para manter uma aparência mais
jovem, é só usar a máscara facial elétrica Rejuvenique. Feita de
plástico e com 26 pontos de contato banhados a ouro, a máscara emite um
pulso que, os anúncios garantem, ajuda a manter a aparência saudável da
pele. Adaptável para qualquer rosto, pode ser usada por homens e
mulheres de qualquer tamanho ou idade. Do conceito ao visual
horripilante, tudo nesta ideia é assustadora. Mas, pelo menos, a bateria
de 9 volts já vem incluída.
6. Phone Fingers
Camisinha para os dedos – é com isso que se parecem os “phone
fingers”, capas de látex que foram criadas para ajudar a manter a tela
do aparelho celular sem marcas de dedo. #tendência Para saber o tamanho
do seu dedo, é só imprimir o modelo que a empresa mantém no site e tirar a prova. Sério.
7. Comfort Wipe
Com mais de 100 anos de existência, pode-se dizer que o papel
higiênico já é um sucesso de público. Tentar derrubar a tradição de uso
já estabelecida não é tarefa fácil, mas mesmo assim o pessoal
responsável pelo desenvolvimento do Comfort Wipe resolveu arriscar e
tentar “melhorar” a experiência de se limpar. O produto consistia em uma
haste que funcionava como extensão do braço, evitando que a pessoa
tivesse contato direto com a superfície do papel. Antecipando o
fracasso, o produto foi descontinuado em 2009, antes mesmo de chegar ao
mercado. É mais ou menos como eles dizem no vídeo promocional do
produto: é preciso manter a dignidade.
8. Microsoft Bob
Se você acha que a Microsoft pisa na bola com o Windows, é porque não
conhece o Bob. Lançado em 1995 com a proposta de oferecer uma interface
mais ~amigável~ aos seus usuários, sua interface simulava um
“aconchegante” escritório e vários “ajudantes” estavam a sua disposição
caso se perdesse entre o calendário e o bloco de notas. Não precisava
nem olhar para o preço altíssimo (mais de 100 dólares) para saber que o
Bob passaria longe de um sucesso. Mas pelo menos um legado o sistema
deixou para todos nós: foi pensando nele que foi criada a Comic Sans, a fonte que amamos odiar.
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